quarta-feira, 30 de junho de 2010
Mascarado pé de macaco
Ouvi pela primeira vez a palavra "mascarado", talvez em 1965. Tinha dez anos. Ou foi em 1967? Deixa pra lá.
Foi no Salesiano. O goleiro que diziam ser "mascarado" estava com camisa de goleiro, joelheiras, cotoveleiras.
Como brasileiro joga de pé descalço e sem camisa, pensei que "mascarado" era um goleiro que usava fantasia de goleiro. Mas, cadê a máscara?! Eu estava acostumado com Zorro e Batman & Robin.
Toda essa croniquinha pra dizer que somente entendi o que é ser um mascarado de verdade na Copa de 2010.
Pois é; Cristiano Ronaldo é o protótipo do mascarado, o mascarado que tive o desprazer que ver e de ver "jogar".
Depois de uma jogada perdida (como sempre), abre as pernas como se fosse urinar, coloca as mãos nos quadris e fica a contemplar o vazio (de si mesmo?), os olhos perdidos no horizonte (nas arquibancadas). É repulsivo.
E ontem, aos 55 anos, aprendi outra expressão: "jogador pé-de-macaco".
Cabe ao gajo como uma luva, quer dizer, como uma chuteira.
terça-feira, 29 de junho de 2010
Cópia ou original? O pior jogo das oitavas
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Netinhos do futuro, preparem os ouvidos
Como é e sempre será
terça-feira, 22 de junho de 2010
Andanças
terça-feira, 15 de junho de 2010
Mais pra Zangado do que pra Dunga. Cadê o Mestre?
Do jornalista Jorge Ramos ao comentar a postagem anterior:
A quali mundial e os palhaços do circo de verniz
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Aviso aos navegantes
domingo, 13 de junho de 2010
A Copa era da Sadia até o chocolate alemão
Como será no Brasil?
sábado, 12 de junho de 2010
Nota cinco
O top top do Parreira
Um beija-flor para Scarlett e Sandra
O querido poeta Carlos Loria avisa do teu beco que se candidata a entrar na fila para selinhos duradouros em Scarlett Jonhanson.
Nota do Beco daqui: Como o beijo não vem da boca e os poetas nunca serão culpados, proponho que entre Sandra s Scarlett pousasse um velho e assanhado beija-flor e teus inevitáveis codinomes.
Nota do beco II: Daqui a pouco as primeiras impressões da Copa na África do Sul.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Por bola de cristal, mudem de canal
Vai começar!
Defesa azul
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Fixações desmedidas
um ponto
me converge.
outro
me distrai.
meu oposto
aterrisa
no espelho
se esvai.
clara circuncisão
faca de corte na mão
mede a fixação
do corpo que cai.
São Luís, 2002
A borboleta bonita de Tutu
A Copa é um show. Em forma, Shakira mostrou seus dotes, mas quem roubou a cena foi Desmond Tutu.
O ex-arcebispo anglicano de Cape Town e Nobel da Paz pediu a multidão presente ao Orlando Stadium, em Soweto, que gritasse o nome de Nelson Mandela. 35 mil espectadores atenderam ao pedido.
"Queremos dizer ao mundo que esta lagarta feia que nós éramos, tornou-se uma borboleta bonita, mas muito bonita, tão bonita!", afirmou Tutu, em referência à queda do apartheid, há 16 anos.
"A África é o berço da humanidade", prosseguiu. "Desejamos as boas-vindas em sua própria casa, a todos vocês, alemães, franceses! "Somos todos africanos!", proclamou Monsenhor Tutu, 78 anos.
Barracas de praia: Lula entra na briga
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Carta a Luciano Ferreira
Fernando Coelho
Luciano: eu não ví você chorar.
Em muitos e muitos dias, enquanto o sol mordia nossa solidão, você nos dava um ombro cheio de mansardas do futuro para nos consolar. Nas variadas manhãs, mesmo com o pão quente ainda nas padarias renitentes, você já vagava nos escaninhos com cheiro de peixe da feira de Itapuã, para encontrar a mais gorda petitinga para nosso desjejum. Eu não vi você chorar. Letra por letra as paredes de frases da barraca foram se desmanchando. E, com a areia, viraram uma sopa de saudades. As nossas saudades largadas na Praia de Pituaçu, bem ali, onde gente da França, da Itália, da Alemanha, de todas as Américas e lá do profundo fundo do meu e do seu recôncavo baiano, nos encontrávamos para esperar a vida nos encontrar. Luciano, eu não vi você chorar. No meio fio da orla, quente de nada e de maldade, todos os barraqueiros sentaram-se para deixar evaporar pelo sórdido asfalto, o último suspiro dos seus negócios atropelados. Negócios simples, sujos de lama dos caranguejos lerdos, mas o ganha pão de todo dia. Na fumaça da moqueca teimosa, você nos levava a passear no jardim de infância de Iemanjá. Lembra-se? O jardim acabou. Luciano, eu não vi você chorar. A barraca de coqueiros, ventos, húmus e música, enfermaria indormida de todos nós, sede e palco da reverberação da República do gozo e da verdade, ruiu. Por quê? A barraca, a sua barraca, tinha alma. E morreu de pressão arterial alta de amor, como os meus olhos inchados de tristeza sempre previram. Foi em sua barraca, numa tarde perdida para além dos escombros patrocinados pela Prefeitura de Salvador, que eu chorei pela primeira vez por causa de Isadora. Minha neta tinha somente 6 anos e me encabulava com a eternidade. Mesmo assim, Luciano, eu não vi você chorar. Tem que se cumprir a Lei. A Lei não é má. O homem é que é. Pega a Lei, coloca-a, cega que é, sobre um trator e manda derrubar sonhos. Infelizmente, Luciano, sonho não fala. Só morre. Ninguém consegue contar os mortos com a queda de sua barraca, Luciano. São infinitos. São lamentos em vários idiomas. São almas que foram levadas pelo pior dos acidentes atmosféricos: a indiferença humana. Muitos poetas ficaram órfãos. Muitos jornalistas que nunca tiveram espaço para assinar uma coluna, encontraram em você o leitor e admirador de discursos incorrigíveis. E os artistas plásticos, aqueles que labutam com a forma e a cor? De sua barraca imaginaram o mundo, a arte, a genialidade, sem recorrer a Picasso, ou Van Gogh, ou Calasans Neto, ou ao mestre Mário Cravo Júnior. E em sua barraca construíam suas obras de emoção. E tantos mendigos de praia comeram ali. Eu mesmo. E tantos funcionários públicos que não tinham onde sentar em suas repartições, onde encostar o surrado paletó cinza, encontravam em você o estimulador para a madorra e a acolhida para o desencanto coletivo. Mesmo assim, eu não vi você chorar Luciano. Agora, neste momento que tento não lhe escrever, invoco Violeta Parra, Fernando Pessoa, Pablo Neruda, Castro Alves. T.S.Elliot, Allen Ginsberg, Cuíca de Santo Amaro. Para não chorar. Eu estou indo embora, Luciano, para não chorar. Nadir ainda promete o macarrão quente, com molho vermelho de tomates vermelhos de esperança, para você não chorar. Por isso, você não precisa chorar, Luciano. Eu sei que agora, como antes, você guarda nossas lágrimas.
terça-feira, 8 de junho de 2010
Outros campos em Cape Town
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Dunga, o teimoso
Me batam um abacate com limão amarelo
Maílson, o guerreiro
O "Mamá do Fazendão" sofre de doença regenerativa e precisa de ajuda.
Maílson era lateral direito do bons, raçudo e com bela visão de jogo. Tinha no cruzamento um dos pontos fortes da sua lista de habilidades.
Além disso, a torcida enxergava nele uma espéçie de talismã. Aquele que suava a camisa pelo time, dava sangue pela vitória, salvava gol embaixo da linha.
No mais, uma posição curiosa na história do Bahia. Pela lateral direita, da década de 1970 para cá, passaram Toninho, Perivaldo, Zanata, Mailson,Daniel Alves e outros sem a mesma técnica.
Dos cinco citados, Maílson foi o único que não decolou o que merecia.
Seleção "não me toques"
A CBF embolsou a grana e mostrou como os seus pupilos endinheirados andam mal acostumados. Cheios de soberba, não aceitavam uma marcação mais dura do adversário.
O atacante Luís Fabiano empurrou covardemente pelas costas o seu marcador que se chocou contra placa publicitária. Na etapa final, O ala Daniel Alves sofreu falta, revidou e, ao lado do poliglota Maicon, desferiu impropérios, pontapés e tapas no marcador da Tanzânia. Humilhação pouca é bobagem.
Se o Brasil de Parreira era a cara do Ronaldinho, cheia de salameques, o Brasil de Dunga é cara do Felipe Melo.
Uma seleção de "não me toques".
Doni na Tanzânia
Depois do susto
sábado, 5 de junho de 2010
Mais um?
Dilma e Serra empatam no Ibope
No Mundial de Curling seria a mesma coisa
Discute-se tão pouco sobre táticas (o que vai decidir realmente o mundial) que passa a impressão de termos o menor número de jornalistas especializados em esporte em toda a história das coberturas.
Debate-se tão pouco sobre as seleções (são 32!!!) que se comprova o abismo cultural que nos rodeia.
Escreve-se tão pouco sobre o mágico mundo do futebol (ganha uma tabela da copa quem explicar em dez segundos as regras do mundial) que poderia ser campeonato de gamão, pebolim ou curling que não faria diferença.
Até as narrativas de obviedades em reportagens de comportamento são vazias, preconceituosas e repetitivas. A metáforas são as mesmas. Imagine você criar quarenta textos alusivos a zebras e elefantes?
O mundo para esse mundinho miudinho é uma bolha, não uma bola.
Fora os cientistas do som que traçarão um impacto da cuíca, do reco-reco e dos atabaques nos estádios brasileiros baseados em estudo feito com as vuvzelas em 2011, na universidade de Masssachuchets. "Pessoal saiu com prejuízos auditivos daquela copa em 2010", vai revelar um dos cientistas politicamente corretos, claro.
Se tudo vira espuma , em um mar de baboseiras e abobrinhas, todos estão surdos.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Drogba, a dúvida
Sobre Dunga, o bélico
Concordo em parte. Mas, pense o seguinte: essa é a grande chance da vida dele! E é também uma pressão fora do normal. E vimos o que aconteceu com Ronaldinho e cia na última copa. Confesso que o profissionalismo empregado por ele, mesmo sendo radical, gera um exemplo aos mais jovens. O futebol é um exemplo aos mais jovens, por isso defendo que tem que ter exemplos bons e não a valorização da farra, mulheres, drogas e por ai. Mas, como não gosto de seleção brasileira, pois para mim é um exemplo de um pais que não dá certo, vou torcer para a Fúria! Abraços
Dunga, o bélico
Arquibancada de luxo
Drogba fora?
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Cartões de imagem na cueca
A cineasta brasileira Iara Lee afirmou nesta quinta-feira, depois de desembarcar na Turquia, que um ativista conseguiu burlar a segurança israelense e esconder três cartões de memória carregados com imagens do ataque contra a flotilha de ajuda humanitária, informou nesta quinta-feira depois de desembarcar da Turquia.
De acordo com a cienasta, as imagens só serão reveladas quando ela retornar aos Estados Unidos, país onde mora, para aumentar a repercussão.
Cerca de 450 ativistas detidos por Israel nas embarcações a caminho de Gaza chegaram à Istambul, na Turquia, nesta quinta-feira de madrugada.
Nota do Beco: desta vez, esconder algo na cueca, foi de serventia nobre.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Bono e a bola
A Copa é uma festa
O treze
Fé cega, faca amolada II
Para o embaixador de Israel, o Itamaraty teve uma reação pouco equilibrada.
Abre as aspas para o senhor embaixador: "Lamento muito a reação do Brasil. Creio que não foi balanceada”.
Quando a balança não lhe favorece, ela está sempre desregulada.
Uma execução bárbara só comparada aos tempos do Nazismo anti-semita. Uma prova cabal de quem é o "desequilibrado".
Fé cega, faca amolada
A peleja das torcidas
O Flamengo lidera a 4ª Pesquisa LANCE!-Ibope de torcidas.O Flamengo tem a preferência de 17,2% da população do Brasil, num total de 33,2 milhões de torcedores. Percentualmente o Flamengo caiu, mas o total de torcedores cresceu 200 mil.O Corinthians vem a seguir, com 13,4% ou 25,8 milhões de torcedores.O São Paulo, com 8,7% permanece em terceiro, mas foi o que mais cresceu entre as maiores torcidas. Na última pesquisa, seis anos atrás, tinha 7,3% do total. O crescimento em termos absolutos foi de 3,5 milhões de torcedores.Palmeiras (6,1) e Vasco (4,1%) tiveram queda no número de torcedores. A nação vascaína reduziu-se de 10 milhões de pessoas para 7,9 milhões. Em termos absoluto, essa foi a maior queda de todos os clubes.Na sequência, o Grêmio (4,0%) passou o Cruzeiro (3,5%) e agora tem a sexta maior torcida do país. Completam os dez primeiros Santos (2,7%), Atlético-MG (2,6%) e Internacional (2,5%), que apesar dos títulos recentes manteve a tendência de queda.Outra surpresa foi o crescimento do Sport, que agora aparece com 1,7%, à frente de Bahia, Botafogo e Fluminense, todos com 1,6%.A 4ª Pesquisa LANCE!-Ibope de torcidas ouviu 7.109 pessoas em todo o Brasil, a partir de 10 anos de idade, em 141 municípios de todos os tipos e tamanhos. A margem de erro é de 1,2 ponto percentual, para mais ou para menos. Isso significa que resultados separados por pelo menos 2,4 pontos estão em situação de empate técnico.Fonte: Lancepress
Nota do Beco: Este blogeiro abrirá um viejo cabernet, degustado em taça especial, para assistir as pelejas. Afinal, os dados referentes a Sport e Bahia certamente causarão discussões infindáveis por 2010 afora. A margem de erro reforça a tese. Paixões e arroubos a cercam. Tão certo como existe ponte entre Juazeiro e Petrolina. E videiras por lá.
Segundinha na Superterça
Só a Lusa excedeu a regra e lidera, pois pois. Venceu, em jogo de cinco expulsões, o limitado América de Minas por um a zero.
Em Juazeiro do Norte, um apático Bahia entrou na dança do Júnior Xuxa e levou de quatro do Icasa. Renato, o gaúcho, no alto da prepotência, minimizou o baile que levou do adversário. No mínimo, deselegante. Quem tem soberba, não sobe.
No único empate da rodada, o Bragantino foi buscar pra cima do Brasiliense. No prenúncio dos nomes, uma sensação de igualdade: 2 x 2.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Made in Africa?
Raízes Brazileiras
A Rodésia tão massacrada por ditadores genocidas em diversos momentos da história. A Rodésia com seus bantos. A Rodésia dos nossos ancestrais. Meu, seu e de Robinho.
A Rodésia, hoje Zimbabwe.
Que continuará sendo ignorada pela maioria dos brasileiros. Que terá seus jogadores sendo gozados por narradores brasileiros que transmitirão a partida nesta quarta pela manhã.
Este Brasil tão adepto a colonialismos indiretos. A começar por sua seleção.
Seleção Brazileira adepta de entrevistas coletivas chatíssimas e ignorantes.
Do chucrute ao sushi
Uma queda nas pesquisas (?!) ameaçava as chances de seu partido nas eleições da Câmara Alta do Parlamento japonês. Yukio não contou conversa. Uma atrapalhada e impopular missão alemã no Afeganistão foi a causa apontada pela imprensa oficial da Alemanha para a saída de Koehler.
Vamos aguardar e constatar os reflexos desta estranhos pedidos de boné.
Do g8 às bolsas pelos quatro cantos.