Carlos Loria
Ouvi pela primeira vez a palavra "mascarado", talvez em 1965. Tinha dez anos. Ou foi em 1967? Deixa pra lá.
Foi no Salesiano. O goleiro que diziam ser "mascarado" estava com camisa de goleiro, joelheiras, cotoveleiras.
Como brasileiro joga de pé descalço e sem camisa, pensei que "mascarado" era um goleiro que usava fantasia de goleiro. Mas, cadê a máscara?! Eu estava acostumado com Zorro e Batman & Robin.
Toda essa croniquinha pra dizer que somente entendi o que é ser um mascarado de verdade na Copa de 2010.
Pois é; Cristiano Ronaldo é o protótipo do mascarado, o mascarado que tive o desprazer que ver e de ver "jogar".
Depois de uma jogada perdida (como sempre), abre as pernas como se fosse urinar, coloca as mãos nos quadris e fica a contemplar o vazio (de si mesmo?), os olhos perdidos no horizonte (nas arquibancadas). É repulsivo.
E ontem, aos 55 anos, aprendi outra expressão: "jogador pé-de-macaco".
Cabe ao gajo como uma luva, quer dizer, como uma chuteira.
Mascarado e um exemplo do que é o marketing pesado no futebol. A impressão que o gajo passa é que ele treina mais as expressões faciais que vão aparecer em close na TV e nos telões do que o futebol especificamente.
ResponderExcluirE o pior é que ele tem algum potencial talento pro futebol, mas preferiu seguir o caminho mais fácil que a mídia ofereceu.
E muitos outros foram nessa. A Copa mostrou bem isso.