sábado, 5 de junho de 2010

No Mundial de Curling seria a mesma coisa















Se fosse mundial de Curlling, deitariam

e rolariam na careca do Kevin Martim

Inexplicável como os principais veículos de comunicação brasileiros tratam a Copa do Mundo na África do Sul.

Discute-se tão pouco sobre táticas (o que vai decidir realmente o mundial) que passa a impressão de termos o menor número de jornalistas especializados em esporte em toda a história das coberturas.

Debate-se tão pouco sobre as seleções (são 32!!!) que se comprova o abismo cultural que nos rodeia.

Escreve-se tão pouco sobre o mágico mundo do futebol (ganha uma tabela da copa quem explicar em dez segundos as regras do mundial) que poderia ser campeonato de gamão, pebolim ou curling que não faria diferença.

Até as narrativas de obviedades em reportagens de comportamento são vazias, preconceituosas e repetitivas. A metáforas são as mesmas. Imagine você criar quarenta textos alusivos a zebras e elefantes?

O mundo para esse mundinho miudinho é uma bolha, não uma bola.

Além disso, esta pulverização de banalidades dá a entender que teremos em um futuro bem próximo comentaristas de moda tecendo análises aprofundadas sobre a gola rolê usada pelos árbitros, a harmonização estética entre a chuteira e o calção. A aplicação correta da cor salmão com detalhes em fúcsia do uniforme futurista da seleção brasileira

Faz-me refletir que na Copa de 2014 teremos nas transmissões analistas especializados em aplicação de marcas publicitárias (nos jogos e em coletivas), um esteticista para analisar a cútis dos jogadores e um visagista para criticar o corte dos cabelos dos craques.

E ainda na base do folclore, sem nenhum respeito a cultos ancestrais, um astrólogo ou vidente (já foram descobrir um na Nigéria ou em Angola segurando um espelhinho) não vão faltar por essas bandas.

Fora os cientistas do som que traçarão um impacto da cuíca, do reco-reco e dos atabaques nos estádios brasileiros baseados em estudo feito com as vuvzelas em 2011, na universidade de Masssachuchets. "Pessoal saiu com prejuízos auditivos daquela copa em 2010", vai revelar um dos cientistas politicamente corretos, claro.

Se tudo vira espuma , em um mar de baboseiras e abobrinhas, todos estão surdos.


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