misturo dados a vinhos
e a sorver destinos
sou dado a asas
libertas em fins
é baco bacana
jardin semideserto
ao nome sem nome
ao inventar meu blues
é o que move
toda alma zíngara
coração italiano
sumindo no sol
é o que mancha
café amargo
amora líquida
do beijo ao albatroz
é o que semeia
anel de coco
lastro dos poemas
sapecados na luz
é o que dança
vago no tempo
vinco de tudo
vultos à toa
em suspensão
sou dado a errâncias
dados que rolam
a pertencer aos caminhos
e mandar os mandos
declamar ao mundo
o que vier
do que está
por vir.
Novembro, 30