sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Sandálias


Caros, a partir de hoje o Beco de Pas posta textos escolhidos para a nossa próxima publicação impressa.

Sandálias tem lançamento previsto para 2012, assim que o inquieto poezo irreponsável por este espaço quetar o facho das andanças.

Aqui no Beco, alguns salpicos, deleites e tira gostos do que vou declamar um dia na Varanda do Luciano.

besos e quesos procês
e viva a uva cabeenet


ah! pá

ah! poesia

olhos a dopar

sonho e ousadia

prática

a estatelar

quem me silencia

inadequação

do palavrão

a refinarias


uma canção insone

Não durmo

Enquanto este poema invólucro

Parte no farrapo das velas

Ao estupor da lua sem nódoas

No inquieto mar que escurece:


Vens imunda vestal

Dopas e no verdugo

Aninhas a culpa içada

Em delicada forca


És o nervo rebelde que cruza a treva

És o furor indigesto de quem reza

Para vagar doendo relicários doces


És feita de adeus e suspeitas

És morta sem pai nem prece


Meio que o fim fosse calar quem vive

Meio que o verso fosse o que fosse.

Um comentário:

  1. Sandálias devidamente calçadas. Agora é só trilhar o caminho, deliciosamente arrastando o solado, shlep, shlep...

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