sorvam em goles tranquilos ou intensos
depois, à revelia dos ventos bons
me mandem um recado...
besos e quesos procês
e viva a uva cabernet
Comuna de pas
Lovers mines, yours, and the others:
Amigos,
Inicio este périplo (acho que sequencial) para enviar até vocês, amantes da boa poesia, dos vinhos, madrugadinhas e pós & tais, pensamentos de um ser atulemado, macambujo, ensimesmado, ciumento, do inverso ao contrário, mas sincero até o talo:
Divido com vocês, senhoras e senhores, um drops (balinha boa) jogado na tela, depois de ouvir uma canção vinda de Teresina. O pensamento é de Torquato Neto, poeta mais do que tropicalista que esteve por essas plagas até 71:
"Vivo tranqüilamente todas as horas do fim"
Aí vai o resultado da onda depois de Torquato:
dedicatórias
e para ti são bem aceitos os poemas
por negar a existência dos temporais
a procurar em desespero tuas pegadas na lama
e para ti são aqueles versos débeis
pregados na porta
por me ausentar da última tentativa
vai sem pressa...toma o caminho dos últimos pássaros
deixa apenas a constatação do adeus sem meias conversas
e vai sem tarde e sem culpa
vai sem dia vai sem tempo
não pare para ver os amigos
nem acender o cigarro
pra que ter motivo?
para que mirar a rua
e colher desencantos
queria que soubesses da amizade
a amizade é o terreno mais próprio para os nossos esconderijos
e daqueles o mais elegante para descansos
queria que soubesses da amizade e dos amigos
que eles venham ocupar os ombros
que eles determinem os epitáfios.
trevos de matisse
o dia cinza
nimbus em volta
em voltas
círculos brisas
no beijar das tormentas
meu amigo e seu gorro
estratos esporros
no roçar de açuçenas
senhora dos raios
bendita
senhora minha
dopas
cruzas
opaca
o dia cinza
lá no fim
matisse exala
matisse borra
a cor das cordilheiras.
o amor informa
o amor informa:
nunca revelará a forma
ao conteúdo
girassol
andas suspensa
e verás de cima
como se batem as asas
o ir e vir
de lá pra cá
daqui pra lá
da soma dos encantos
nem mais nem menos
meu tempo é quando.
foto
Das placas de trânsito só vai dar para ver o fundo
cada um sorrindo com destino em punho
Pela estrada, mais nada, sempre o tempo todo
Pastori, inverno 2002
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