sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Mais um par de Sandálias:


armas no chão
entrego a dor
os murmúrios das sílabas
deponho nobrezas abelhas e heresias


olhos atordoados
mãos carregadas
adeus


o que poderias ser
se poder fosse o que querias.


e a canção
pobre canção
não fosse apenas
um amontoado de versos
apenas versos de rendição.
são luís, outono de 2002



tatografia
percorrem meu corpo
em conquistas


adentram meus rios
em miríades


possuem minhas fraquezas
em arranhos


delimitam minha alma
em fronteiras


acariciam meu sexo
em domínios


e alimentam a sedução
de quem se permite às mãos
sem algemas.

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