ALDEIA
Para mano ivon e
a comuna de santo antonio
O quereres e o estares sempre a fim
Do que em mim é de mim tão desigual
Caetano
berra,
recôncavo das
aldeias!
berra pelo rio
pelas ribeiras
os lampejos
os quebrantos
jejes dizeres
berra
berra nas barras
berra nas barras
berra aldeia
no que beijo
no que chego
às ilhas
às ilhas
ao prazer dos quereres
queria saber de
marcello e de todas as tempestades
são luís é trava
de cajús em panaquatira
é joina peta a
bailar na jansen entre isqueiros
é tua aldeia
serpente entre litanias
à sombra dos avarandados bem perto dos precipícios
porque as visões aos olhos de guapira perpetuam os saltos
da estrada de rio ao caminho de
antonios
piscinas de
barro anéis de sorriso
canções de
esquerda e de asfalto
sons de
silêncios gris
na árvore dos
pássaros semi azuis
queria vinho
chileno (de novo!)
beiju (do
pontal!)
e café amargo
(de minas!)
falar de che
fidel camilo e sandino
acreditar na
américa como destino
e desatino
meu sul é meu norte
meu sul é meu norte
bússola dos
povos
ilha de todos
queria um andar
liberto
o olhar direto
de mari go
o sorrir das
asas de carol
o falar do ivon
algodão ao vento
setembros
a sensação
absoluta de estar onde quiser
e só aquele
olhar na música
ou a música
daquele olhar
um bem querer
as paciências de
luís
os poemas
secretos de inês
as batas sábias
de sandra
queria
senhora dona
como queria
água salobra
vem dar na
maresia
cheiro de verso
amuleto
feito de troços
versos e boinas
na canoa o vai e vem
de sumos e
injuras
querer solares abaixo dos paralelos
querer luares e debruçar nos parapeitos
querer o parto
dos lábios na pretensão dos poemas
antever os ritos
sânscritos na arrogância das homilias
dourar louvar
poder
burlar uivar
morder
água bandida
vem dar na
maresia
e me leva me
leva de onda
porque teu beijo
é teu beijo e se perfuma
a enseada dos
jardins suspensos
frutifica esperanças
nas cantigas de roda
cultiva
amanheceres nas pegadas da lama
desenhos feitos
de chuva no finzinho das tardes de abril
berra em batismos
berra pelas
ribeiras
meu recôncavo
no caminho de
antonios
a minha
a minha aldeia
a minha aldeia é
o mundo.
na
estrada, 2009/2011
Dia desses, espero que o vento dessa aldeia também possa soprar os nossos rostos. Nossos Antonios. Serenos. A sua aldeia que é o seu mundo. Com toda a sua autenticidade.
ResponderExcluirMe arreceba Toinho de Pas.
ResponderExcluirEis o vento em teu rosto Gabi.
Aldeia
Aldeã
Lua cheia
Amarelo ouro
Noite adentro
Zabumbas e silvos
Festas dos elementares
As brisas do Iguape
Rodopiam no ar
Antonios direcionam.
Aliza negros cabelos
Clareia o rosto da Gabi
Com um sorriso mesocarpo
Noturnos observam
Morros banhados
Da névoa branca
Amanhecem em sorrisos
Trilhas de seixos
Percorridos...
Ante um cajueiro
Bonsai do Reconcavo
Eu um bandeirante
Vislumbro o bemtevi
Que gorjeia para sua cotovia
Bela dançatriz.
Um belo mancebo ruminante
Mamparra no caminho
Manada estanca
Estalo no mato
Alvoroço de medonhar
Saio em disparada
Para onde? Sei lá...
Sei que faço parte
Deste parto no mato
No pispiar do tempo
- Sólo un ráto no más -
Abçs e bjs,
Ivon das Aldeias
Na aldeia não tem só os Antonios. Lá também tem as Marias.Marias... cheias de Graça, cheias de luz.Onde o vento sopra seus cabelos na alvorada e no entardecer.Eu também sou uma Maria e aprendi a comtemplar a Aldeia.
ResponderExcluirConceição.