quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Sandálias na Varanda


A Varanda de Luciano na vila perdida entre as dunas

Entre perfumes, charutos, maresias e saudade.

Em janeiro desse ano, buli em um texto escondidinho há tempos. Quando a Varanda não se sabia ainda e beijava a areia de Patamares. E luas eram aceitas de dia, em alcovas desnudas e sobrancelhas ao sol.

Dava vinte para uma nos relógios e
deu no que deu:

inquietudes.
sanhaços na janela
sandálias na varanda.


a lua de vinte pra uma

pro luciano

o acaso move a casa do meu verso

cara diz casa liberta varanda vida


te faz troço e troças a asa

da lua descarada em duas

escancarada ao sol


invades o dia

contornas

abundas


em curvas desnudas

te mostras em brumas


desbunde aos tempos

aos mares aos mundos

bundos


lua luciana

reconversa soberana


inversa ao verso

ao sol de assalto


catiripapo

na casa canhota

destra aos incestos


ao meio dia inteira

ao sol do meu tudo


a cara do verso

desponta absoluto

absurdo tudo


e a casa diz casa

liberta varandas

libertas libertas...

. janeiro 11

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