A Varanda de Luciano na vila perdida entre as dunas
Entre perfumes, charutos, maresias e saudade.
Em janeiro desse ano, buli em um texto escondidinho há tempos. Quando a Varanda não se sabia ainda e beijava a areia de Patamares. E luas eram aceitas de dia, em alcovas desnudas e sobrancelhas ao sol.
a lua de vinte pra uma
pro luciano
o acaso move a casa do meu verso
cara diz casa liberta varanda vida
te faz troço e troças a asa
da lua descarada em duas
escancarada ao sol
invades o dia
contornas
abundas
em curvas desnudas
te mostras em brumas
desbunde aos tempos
aos mares aos mundos
bundos
lua luciana
reconversa soberana
inversa ao verso
ao sol de assalto
catiripapo
na casa canhota
destra aos incestos
ao meio dia inteira
ao sol do meu tudo
a cara do verso
desponta absoluto
absurdo tudo
e a casa diz casa
liberta varandas
libertas libertas...
. janeiro 11
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