domingo, 13 de junho de 2010

A Copa era da Sadia até o chocolate alemão




O prezado Jaime Guimarães, em uma postagem no twitter logo após o primeiro jogo deste domingo, apelidou o Mundial da África como a Copa Sadia.

Nada mais apropriado até então.

Depois que Robert Green soltou penas à frente da Jabulani no embate dos impérios, a rodada deste domingão cravou no menu mais uma opção da pobre ave em receitas apimentadas.

Vamos a análise dos três embates.

Eslovênia 1 x 0 Argélia. No já chamado grupo do frango, penas não faltaram ao escovinha Chaouchi. Uma defesa espetacular no primeiro tempo, um frangaço na etapa final. Um chute em diagonal do capitão Koren deu à Eslovênia vitória sobre a Argélia, ou França B se preferir. Nadas menos que 13 jogadores do grupo argelino são franceses naturalizados. O goleirinho frangueiro é uma das exceções. Eslovênia é lider graças aos frangos. Ou vocês esqueceram do "English Green" ?

Gana 1 x 0 Sérvia. A festa realizada pelo time africano depois do jogo tinha razão de ser. Um duelo bem parecido ao que se reserva a Portugal e Costa do Marfim amanhã. Estreia, mas na real, decisão de vaga. O gol solitário do aplicado Assmoah Gyan pode valer classificação para Gana. O mico transformado em pênalti pelo meia defensivo Kusmanovic, no final do jogo, pode custar caro aos sérvios. Gyan no início de 2010 mantinha excelente média de um gol a cada dois jogos na seleção ganesa. Comprovou que tem faro não pelo convertido, mas pela disposição tática apresentada frente aos grandahões europeus.

Fechamos nossa análise com o baile alemão. Não adianta decantarem nem cobrirem de louros a atuação aplicada, eficiente e convincente do selecionado de Joachim Low. Apenas porque é cedo demais. Foi a melhor seleção que vimos até agora? Foi, ao lado da Argentina. Gostei da movimentação e eficiência em passes do Müller, da exuberância conhecida de Lucas Podolski, do talento juvenil e surpreendente de Mesut Ozil em seleção tradicional? Gostei. Tanto quanto o placar Alemanha 4 x 0 Austrália.

Sim porque até então, era a Copa do Frango. E a gente deixa até passar a falha do goleiro Schwarzer no segundo gol marcado por Miroslav Klose.

Um detalhe interessante neste jogo: dos quatro gols, três foram assinalados por atletas de outros países que conseguiram naturalidade alemã. Klose e Podolski são poloneses e o Cacau, brasileiro. Para desespero de neonazistas e da ultradireita conservadora daquele país.

Assim o mundial dos frangos e das expulsões (quatro em oito jogos) ganha novos ingredientes.

Porque a goleada alemã era aquele chocolate que este torneio precisava.

Chocolate com Cacau, brasileiro e da gema.


Um comentário:

  1. Copa Sadia, Copa Seara ou, pior, Copa Camomila, pois ajuda a tirar aquela soneca! Tem ums joguinhos bem monótonos nesta Copa...saudades de ver o Santos jogar! rs

    O goleiro da Argélia, o Chaouchi, é parecido com o Fábio Costa - fisicamente e tecnicamente: uma defesa espetacular e um frango espetacular. Igualzinho ao ex-goleiro santista e agora no Atlético do profexô Luxemburgo.

    Olha, gostei da Alemanha. Não importa se o adversário é fraco - tecnicamente dizendo, porque os zagueiros australianos batem até na sombra da mãe - mas o time alemão me surpreendeu positivamente: a mesma organização de sempre e, pasme, com algum futebol, sobretudo deste camisa 8, o Ozil ( que eu quase chamo de Ozzy).

    Time favorito tem que fazer assim mesmo: "chegar chegando" e vamo que vamo. O Brasil deverá fazer o mesmo amanhã contra a Coréia do Norte.

    E aguardo depois suas análises sobre a Holanda. Não fiquei muito animado com a seleção holandesa não, mesmo sabendo do desfalque do Robben.

    Um abraço e obrigado pela referência!

    PS: as brasileiras tem o Kaká; as alemãs tem o Cacau! Quem diria, hein?rs

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