JOINHA
Para Jorginho e Ana Ramos
a pedir carona
bicicletas voam
na mesma avenida
quando eles chamam
será que dá samba?
lá de dentro vem
o mesmo assobio
cantilena quase
minimalista
vou botar chapéu
me sentir artista
pra fazer do cio
todo ócio à vista
tudo jazz em tanto faz
o que for de tanto mais
porque a tardinha cai
neste rio vermelho
de jorginho e aninha
meu pós tudo enleio
a fazer joinha
e sorrir com o dedo
para ter bela vista
com belo horizonte
na estrada em vida
tantos para choques
tem que ouvir depois com marisa monte
a cada mil perdões com o chico buarque.
escrito no bar Pós Tudo em Salvador, no outono 2007, e reescrito em homenagem a Jorge Ramos e Aninha Ramos no Recôncavo da Bahia, em maio de 2012.
Arte: Brooklyn blues small, Ryan Evans
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