Perto do fim da tarde rubra
pequeninas mãos avisam
feito as cercas das antigas taperas
ou convite dos labirintos suspensos
as pequeninas mãos avisam
antes dos precisos relógios
antes das frases embaladas e frias
avisam do mundo separado
em maçanetas
em vidraças
em gradis
avisam dos vazios
das cordilheiras
das arruaças
e dos jardins
perto do fim da tarde rubra
lembro da distância dos quintais
apronto desertos
recito tempestades
e sigo insone
à caça dos furacões.
salvador, 2011
Lindo, pena que triste.
ResponderExcluirAcenos na silhueta da tarde
ResponderExcluirInocentes movimentos
Liberdade macerada
Olhares atônitos
Brincadeiras vazias
Apesar da hora perplexa
Vozes do medo circulam no ar
Laços que apertam a vida
Janelas fechadas
Portas trincadas
Olhares distantes na fresta
Um silencioso clamor
Algazarras em corredores distantes
Acenos na tarde
Da silhueta inocente
Riscos e rabiscos
No chão do terreiro
As pequeninas mãos sujas
Acenam para a esperança.
Ivon das Aldeias