domingo, 25 de dezembro de 2011

Perdidos de dezembros


poema

tens o vigor
das artistas que viraram areia
em busca da terra e do sal

tens a luz
dos cegos de outono
na penúltima estradela dos caminhos

tens a resposta e a dúvida
as estrelas e o breu

tens os encantos e as mesmices
frêmitos e ardis

e um fino fragor de incensos
às portas e às casas

aos meses
dos maios dos outubros

em amares
vulgares e únicos



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