Estrelas no fim da primavera
Pro Teco
Você pode achar estranho, mas aprecio a sua
transformação. Verve não falta
para novas linhas. Acidez e crítica, muito menos.
Há muito não escrevo para alguém. Há muito não sinto as
combustões espontâneas que me assaltavam em tantas horas do dia. E saíam coisas
estranhas, carregadas de cores sem método. Asas impolutas Pedra falava.
Teu texto me fez ter vontade de escrever e ouvir.
Confabular com meus fantasmas éticos, dialogar com velhos
poetas, lembrar de alguém que me chamava de Pastorio e olhar bem fundo para a
rua calada, impassível. Inadmissível para as sextas feias dessa cidade.
Sim porque existem sextas bonitas para aqueles que conversam
sem pressa e sem culpa.
Aqueles que não precisam ser pai e filho para se
transmutarem em cumplicidade.
E se são, existem
cestas.
Vamos caçar estrelas?
Salvador, 26 de novembro de 2010
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